Doenças causadas pela má alimentação:

Colesterol elevado ou colesterol hdl:  O aumento de colesterol na corrente sanguínea pode ocasionar entupimento de veias e artérias causando o infarto e derrame. O colesterol provém de duas fontes: do seu organismo e dos alimentos que você ingere. No organismo ele é produzido pelo fígado e o colesterol proveniente da sua alimentação encontra-se em alimentos como: manteiga, margarina, creme de leite, bacon, leite integral, queijos amarelos, enfim, alimentos de origem animal. Consumir estes alimentos em excesso pode proporcionar níveis altos de colesterol ruim no sangue, chamado hdl. Como prevenção e tratamento desta doença é importante ter uma alimentação equilibrada, evitar o consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras, evitar também alimentos industrializados ricos em gordura trans e aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras e praticar atividade física regularmente.

Gastrite: Gastrite é uma inflamação na mucosa do estômago, que podemos classificar de aguda ou crônica. Nos casos de gastrite crônica, o agente causador mais comum é a infecção pela bactéria helicobacter pylori. Mas também pode ocorrer devido ao fator hereditário, stress, má alimentação, realização de poucas refeições ao dia com grande volume de alimentos e com grandes intervalos entre cada refeição. Medidas preventivas e o tratamento desta doença estão relacionados com a alimentação. Ter uma alimentação fracionada, ou seja, comer mais vezes ao dia, em menores quantidades é uma das medidas a serem tomadas. Excluir alimentos que causam desconforto e irritam ainda mais a mucosa também é imprescindível, exemplo: frituras em geral, doces, bebidas à base de cafeínas, bebidas gaseificadas, bebidas alcoólicas, alimentos ácidos, condimentados e outros.
Diabetes: É uma doença caracterizada pela falta de produção ou produção insuficiente de insulina, que faz com que haja o aumento na taxa de glicose no sangue. A diabetes tipo II pode estar relacionada com o excesso de peso e a obesidade. Pessoas com diabetes devem ter um acompanhamento com um profissional capacitado para elaborar um cardápio conforme a realidade da pessoa, controlar o consumo de carboidratos e incentivar uma reeducação alimentar, além da prática de exercícios físicos regularmente.
Hipertensão: A hipertensão ocorre quando os níveis de pressão arterial encontram-se acima dos valores de referência para a população em geral. Podemos citar como causas da hipertensão a obesidade, consumo excessivo de álcool, sal em excesso, tabagismo, sedentarismo e fator hereditário. Esta doença é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares. Assim como as demais doenças citadas acima, para controlar a pressão arterial é fundamental ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios e diminuir o consumo de sódio, ou seja, o sal de cozinha e alimentos ricos em sódio, por isso fique atento nas embalagens dos alimentos. Os alimentos industrializados geralmente são ricos em sódio. Como se pode observar a alimentação é algo essencial no combate destas doenças e outras que não foram citadas, por isso se faz necessário a conscientização de todos para uma vida mais saudável.

Obesidade: A obesidade é o maior problema de saúde da atualidade e atinge indivíduos de todas as classes sociais, tem etiologia hereditária e constitui um  estado de má nutrição em decorrência de um distúrbio no balanceamento dos nutrientes, induzindo entre outros fatores pelo excesso alimentar. O peso excessivo causa problemas psicológicos, frustrações, infelicidade, além de uma gama enorme de doenças lesivas. O aumento da obesidade tem relação com: o sedentarismo, a disponibilidade atual de alimentos, erros alimentares e pelo próprio ritmo desenfreado da vida atual.
A obesidade relaciona-se com dois fatores preponderantes: a genética e a nutrição irregular. A genética evidencia que existe uma tendência familiar muito forte para a obesidade, pois filhos de pais obesos têm 80 a 90% de probabilidade de serem obesos.
A nutrição tem importância no aspecto de que uma criança superalimentada será provavelmente um adulto obeso. O excesso de alimentação nos primeiros anos de vida aumenta o número de células adiposas, um processo irreversível, que é a causa principal de obesidade para toda a vida. Hoje, consumimos quase 20% a mais de gorduras saturadas e açúcares industrializados. Para emagrecer, deve-se pensar sempre, em primeiro lugar, no compromisso de querer assumir o desafio, pois manter-se magro, após o sucesso, será mais fácil.
Segundo os últimos dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), são cada vez mais os jovens que sofrem do problema de excesso de peso. A obesidade é um problema que afeta qualquer tipo de pessoa e em qualquer idade, no entanto devido ao tipo de vida que hoje em dia os jovens levam, é cada vez mais comum ver (principalmente nos Estados Unidos e nos países Europeus), jovens a sofrer de obesidade na adolescência.
Hoje em dia já se sabe que a partir dos 3 anos, o excesso de peso torna-se definitivamente determinante da obesidade futura. Se a criança é obesa aos 6 anos de idade, ela apresenta 50% de chance de se tornar um adulto obeso. Já na adolescência, a chance é de 70 a 80%.
As crianças obesas são mais altas, apresentam idade óssea avançada e maturação sexual antecipada, em comparação com as crianças não obesas. O excesso de adiposidade está também associado a alteração dos fatores de risco para doenças cardiovasculares como colesterol total, LDL, triglicerídeo, pressão arterial e glicemia. Essa condição aumenta o risco de aterosclerose na vida adulta, ou até mesmo na adolescência. O excesso de peso também está associado a alterações na função pulmonar podendo causar inclusive a apnéia do sono. É frequente a presença de alterações dermatológicas como estrias, infecções fúngicas (principalmente na região das dobras e acanthosis nigricans – escurecimento e espessamento da pele na região do pescoço e das axilas). A acanthosis nigricans está associado com intolerância à glicose promovida pela insulinemia causando muitas vezes constrangimento à criança e a família, pois parece acúmulo de sujeira. O fígado também sofre com a obesidade, com elevação das enzimas hepática e até esteatose (acúmulo de gordura no figado).
Nessa faixa etária, a obesidade também provoca alterações posturais e funcionais que acabam causando complicações ortopédicas pela sobrecarga, como joelhos valgos e deformidades na coluna vertebral.
Se o principal local de deposição de gordura for à área abdominal, certamente ocorrerão alterações no perfil lipídico, aumento da pressão arterial e hiperinsulinemia, considerados fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes e doenças cardiovasculares. O conjunto dessas alterações está descrito como síndrome metabólica e é cada vez mais frequente na infância e na adolescência.
Outro problema importante a ser considerado é o impacto que o excesso de peso promove no equilíbrio emocional de crianças e adolescentes. Existe preconceito contra pessoas obesas, que culturalmente são consideradas responsáveis por essa condição, por serem fracas e não terem força de vontade. A criança passa a não querer frequentar à escola, não ter amigos e se isola cada vez mais em casa.
Enfim, a prevenção da obesidade inicia-se assim que a criança completa 6 meses de idade e começam-se a introduzir os alimentos. Deve-se nessa fase oferecer alimentos naturais e saudáveis evitando o excesso de industrializados, como as papinhas prontas, não achar que a criança não gosta de um determinado alimento na primeira recusa, não criar na criança os hábitos da mãe (automaticamente a mãe não oferece à criança alimentos que ela não gosta), estimular as refeições à mesa, com a família, em horários regulares e não levar para casa alimentos “ruins” como biscoitos recheados, salgadinhos, frituras, refrigerantes… Afinal, quem vai ao supermercado são pais, portanto eles são os responsáveis pelo que a criança ingere. Estimular brincadeiras que façam a criança se movimentar, evitando excesso de eletrônicos como videogames, computadores, celular, que só estimulam o sedentarismo. E é a partir dessa idade que a família deve procurar a orientação de um nutricionista para dar as orientações necessárias de um cardápio equilibrado e evitar possíveis danos futuros a essas crianças. 
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